Depois de ter vivido o luto (leia o primeiro texto desta série) ou de passar por ele nesse exato período, chega-se ao momento da culpa. Esse poderia ser chamado o momento do “E se”: e se eu tivesse feito esta ou aquela concessão, e seu eu tivesse agido de forma diferente, e se eu tivesse mudado e por aí vai.
Essa culpa te persegue e drena sua energia, pois, em vez de você focar em como reconstruir sua vida e dar passos concretos de mudança, acaba vivendo desconectado de você mesmo. Imagina mil finais para mesma história, vai e volta em sua mente, porém você já sabe onde termina.
Quando um relacionamento chega ao fim, não há um culpado. A relação se desgasta pela forma com que duas pessoas interagem. Você pode dizer: “Eu fiz tudo por essa relação e meu companheiro/a não fez 1% para que desse certo”. A pergunta que você deve fazer é, por que você teve de dar tudo? Por que está relação estava tão desequilibrada? Por que você se colocou nessa posição? Ao observar suas respostas, é possível que veja que esta não é a primeira vez que isso acontece. Na prática das constelações familiares, vemos que aquele que dá muito, tira a dignidade do que recebe e esse/a posteriormente tem de partir.
Falo isto não para gerar mais culpa, porém para que você entenda, que aconteceu o que tinha que acontecer. Você não pode mudar o que foi. Quando você fica empurrando a culpa como uma batata quente, ora para você, ora para o outro/a, você perde forças.
Deixe a culpa ir, não há culpados! A relação simplesmente acabou, durou o quanto tinha que durar. Nada é para sempre! Tudo é passageiro! Sofremos pelo apego que temos! Apego ao que? Apego ao próprio projeto idealizado que tínhamos criado em nossa mente, não necessariamente por que o outro partiu.
E tem mais, há um outro tipo de culpa, quase como um arrependimento. É como se agora você se desse conta de todos os problemas que a relação tinha e se questionasse o porquê de ter ficado tanto tempo em uma relação disfuncional. Sofre intensamente por tudo o que viveu.
No entanto, mais uma vez você cai na fase E SE, mais uma vez fica construindo finais diferentes para mesma história, e até mesmo se punindo. Aceite o que aconteceu e deixe a culpa ir, aprenda o que tem que aprender para não repetir mais alguns padrões. O que foi, já foi. Livre-se da culpa!
Para te ajudar, há dois florais de Bach muito poderosos que você pode usar:
Pine: Vai te ajudar a liberar toda a culpa
Star of Bethelen: Você aprenderá com as experiências que teve.
Se você sente que ainda há culpa com relação a sua relação anterior, faça a dinâmica a seguir:
(Uma observação importante: às vezes já estamos em uma nova relação, porém ainda nos sentimos culpados pelo término de uma relação anterior).
1. Coloque num papel tudo aquilo que você acha que seu companheiro/a fez ou não fez. Em outro papel tudo o que considero que fez ou não fez.
2. Feche seus olhos, visualize seu companheiro/a e diga: independentemente do que houve, eu fico com minha parte da culpa e você com a sua. Entregue a carta que você escreveu para ele (não precisa ser pessoalmente, você pode queimá-la). Agora, veja seu companheiro/a indo embora.
3. Quando ele/ela se foi, olhe para a carta que ficou e diga: Assumo esta responsabilidade, aprendo com ela.
4. Neste momento sinta como que se um peso fosse retirado de suas costas. Queime sua carta também e deixe a culpa ir.
Rodrigo Oliveira
Constelador Sistêmico, hipnoterapeuta, reikiano, reprogramador biológico e renascedor.
insta: @reconectandocomavida
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